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terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

PEREGRINO



PEREGRINO







Uma lufada de ar fresco, tenta segredos,
uma rabanada de jactância em meus cabelos.

Erecto, pregado ao chão como um deus grego
tudo bate no meu corpo como um cata-vento.

Um sol alaranjado, esdrúxulo,
de ar queimado, a sorver,
abrasa meus olhos turvos
com chama d’ alma arder.

Não perco o horizonte
lá longe do monte…
nas nuvens em frente
do olhar esguelha
com trovões a tremer,
e acordo numa tempestade de areia
e pó do vento, sem poder viver.



 


De "Confidências De Um Livro"















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