/EM ERMESINDE/
RIO
TINTO
Aquele
riacho corria para baixo, era estreito dum lado a outro. O seguimento do leito
desaguava a direito, não era torto… pouco largo - não minguava.
Aquele riacho ia por ali abaixo, ninguém o parava, corrente noutro, e doutro lado descendo, para onde? Pensei...
Mas logo soube que não sabia donde, correndo naquele sentido apertado, sei… logo vi que não se atrasava, não se perdia todo, nem era louco.
Aquele riacho ia por ali abaixo, ninguém o parava, corrente noutro, e doutro lado descendo, para onde? Pensei...
Mas logo soube que não sabia donde, correndo naquele sentido apertado, sei… logo vi que não se atrasava, não se perdia todo, nem era louco.
Aquele
riacho fingido, tinha fama de histórico…
Reza a lenda, numa batalha sangrenta, entre o califa e um heróico conde… tingiu de sangue o rio, por saber quem era a falange, corria tingido… mas o nome…?
Reza a lenda, numa batalha sangrenta, entre o califa e um heróico conde… tingiu de sangue o rio, por saber quem era a falange, corria tingido… mas o nome…?
Emitiu um
sapão com voz de maricão timidamente, e logo disse num tom fininho, rápido,
delicado instinto – Riooo Tintooo!
Mandei um salto e assustei o sapo que deu um saltinho sem jeito… e fugiu.
Mandei um salto e assustei o sapo que deu um saltinho sem jeito… e fugiu.
Aquele
riacho de Ermesinde, conhecido por Rio Tinto, era muito antigo… do tempo do
Afonso Henriques que deu foro de couto a mil cento e quarenta e um, aquando da
criação do reino com toda a protecção do mundo…
E não é, que
aquele nome do Rio Tinto de Ermesinde...!
Por ser elemento protegido do rei, extinto, quando o sol ali bate a uma certa hora do tempo, o Henriques que é do sul e sua a data da lei, a cor do rio passa a ter sangue azul…
Por ser elemento protegido do rei, extinto, quando o sol ali bate a uma certa hora do tempo, o Henriques que é do sul e sua a data da lei, a cor do rio passa a ter sangue azul…