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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

DESPEDIDA






DESPEDIDA





Ao abrigo do teu alvorecer
no vazio em ti isolado
olhar que segue a sombra
nas asas de uma paloma…

Da bastarda saudade
falando da voz que não tinha,
da plena liberdade
que não existia
amante de sua vida
por ser tua nem minha

Mascarado fantasma
imagem fátua de trevo
despedindo-se da mágoa…

Até amanhã silencio.

Voz que te ama
perdida ao vento,
interrompida a chama
com o melhor que havia dentro
avança.
Não tenhas pena do medo.

Sibilando como o carteiro
chora coração,
despede-te do mundo inteiro.

Até amanhã solidão.