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quarta-feira, 22 de janeiro de 2003

NUNCA TE ESCREVI UMA CARTA DE AMOR








NUNCA TE ESCREVI 
UMA CARTA DE AMOR






Nunca te escrevi uma carta de amor com todo o amor de meu coração!
Nunca por ter uma razão!
Mas por sentir a causa deste ardor.

E esta, além do irreversível sentimento que transporto no meu peito para toda a eternidade (acontecendo nos dias mudanças que o tempo não pára), tem o significado da esperança no céu e na Terra – a gota que brotou do Universo e caiu no mar germinando em amor, em tudo que nasce para a luminosidade da criação.
Assim, caíste dentro de meu cosmos, como uma luz iluminando minha alma numa fusão metade gémea, acordando meu ser adormecido para o mundo, num novo alento e um novo sopro de fé na humanidade.



Nunca te escrevi uma carta de amor com todo o amor de meu coração!
Nunca por ter uma razão!
Mas por sentir a causa deste ardor.

Faço-o, porque os momentos de companhia fantasma são silêncios de palavras, em que o olhar irradia paixão e o coração bate num sofrimento por não poder estar livremente, quer estejas onde não queiras e eu queira onde tu estejas.
Vou imaginar que estás agora aqui… ao ver teu sorriso de anjo abraçando meu corpo num calor abrasivo de amor eterno, querendo minha presença com a mesma ansiedade de amante em puro desejo, tentando substituir as saudades e o sentimento de quem é conivente com a junção do destino e uma grande devoção a Deus de grande resignação e sacrifício.



Nunca te escrevi uma carta de amor com todo o amor de meu coração!
Nunca por ter uma razão!
Mas por sentir a causa deste ardor.

E sinto o vazio em tudo… estou sempre sentado na lua apoiando meus pensamentos nos batimentos da tua alma, e na forma da Terra só vejo o teu rosto adorado embelezando o paraíso com asas douradas e vestes brancas da concórdia.
Adoro-te da mesma maneira que sei não poder viver sem ti, por sentir que no espaço do tempo ele pode parar mas continuará a viver na imortalidade, cúmplice da chama que alberga nossa fórmula de amar.



Nunca te escrevi uma carta de amor com todo o amor de meu coração!
Nunca por ter uma razão!
Mas por sentir a causa deste ardor.


Como eu gostaria de sonhar abraçado, partilhar as tuas alegrias e tristezas, rir, chorar, viver porque assim não é ar nem céu com realidade, não é ninho de passarinho nem gemido de seus bicos, não é voo de águia majestosa com suas esplendorosas asas rasgando os céus na sua missão selvagem, não é trovão precedido de chuva com respeito maldito, não é o sol com seus girassóis e raios de luz que dá cor ao nascimento de uma flor ou de uma cria, não é o mistério da noite com a tua face virada para a lua nos momentos de reflexão apaixonada, não é a natureza da terra celestial em comunhão com a natureza de nossas paixões de alma, não são as mulheres, não são homens nem Deus mais importantes que o sorriso do teu olhar, não são os mundos, a Terra ou a morte que me impedem de te amar! 



Nunca te escrevi uma carta de amor com todo o amor de meu coração!
Nunca por ter uma razão!
Mas por sentir a causa deste ardor.

És só tu… bastaria um gesto, e logo cairia em teus braços, seria o carinho de um beijo beijando tuas lágrimas de felicidade, é a tua voz entrando no meu coração fazendo o prisioneiro de amor vivendo em teu cárcere, é a tua maneira singela e adorada posição de rainha, é a minha vontade de ajoelhar-me a teus pés e beijar tuas mãos queridas… 



Nunca te escrevi uma carta de amor com todo o amor de meu coração!
Nunca por ter uma razão!
Mas por sentir a causa deste ardor.

Os dias passam e apenas existem porque te amo cada vez mais, e quando se ama não se pode desligar os sentidos só com um clique porque apetece ou porque queremos simplesmente.
 Sentindo, é um Alcatraz do nosso cérebro, cela da minha vida, e a prisão de cortar a liberdade na folia do amor com sentido.
Quando receberes esta carta de amor, sentirei teu mundo de coração aberto, recebendo minha vida, como um sinal de estrela fulgente…
Agora que o fiz, sinto-me feliz.
Despeço-me, até um dia destes que seja só meu… e veja escrito pelas estrelas a palavra que me assiste do céu de teus lábios, caindo como um milagre e oiça gritar como um desejo…

Amo-te!