TROIKA
Morre o dia… mas a esperança nasce, um grito
ecoa, e uma nova vida avança.
Noutra parte do globo, noutros pontos da Terra, uma luz brilha outra esmorece, nasce uma flor, morrem crianças… inconcebível acontecer no século com milhões para a ciência e a guerra, e não haver milhões para as que morrem doentes com fome, doença e miséria?
Noutra parte do globo, noutros pontos da Terra, uma luz brilha outra esmorece, nasce uma flor, morrem crianças… inconcebível acontecer no século com milhões para a ciência e a guerra, e não haver milhões para as que morrem doentes com fome, doença e miséria?
Parece que
estão à espera… os lobos desta Terra… uivam para a Esfera…
Se a última voz se ouvir, as crianças deixarem de
sorrir, quando soltar gargalhadas cansa, se não
houver mais pierrôs de ansa e arlequins que nos façam rir?
Se aves de bico deixarem de cantar, os sonhos não
tiverem luar, o sol deixar de aquecer nossa alma, a Terra vazia deixar de girar… se não houver ondas no mar, quando não luzir o espírito dos céus ou as estrelas não possuírem
brilho… que ciscos
vivos imitarão a vida?
Depois?
Quando o final for escuridão, não houver mais
alcatrão… não persistir o infindo da origem, se houver simplesmente fuligem, quando existir nada de
nada, flutua, vagueia o que não existe da lua.
Pois?
Haverá sempre um código, como um sorriso de criança, numa
célula de rocha amorfo quando não existir mais esperança.