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segunda-feira, 17 de julho de 2006

O BANCO





O BANCO




Ele descansa e sonha, sonhando.
Abraça as quatro estações do ano.

Tem a companhia da lua
amiga de verão inquieto,
e no sol de inverno
apenas neva e chuva.

Mas é no Outono cinzento
que a tristeza o cerca,
vem de parte incerta
na poeira do vento.

Ama as estrelas e não cansa
acolhe o poeta.
Ama pessoas, sofre, chora,
sorri para uma criança.

Sozinho, é a primavera
ternura de uma rosa…

Em seu poiso amando
deita-se ao comprido…
Amado desejo do banco
um triste sem-abrigo…

A manta da noite fechando.

No mundo, uma lágrima perdida
embala na cama o pranto…

E o banco chora na sua companhia.