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terça-feira, 9 de setembro de 2008

MERETRIZ







MERETRIZ




Musa de papel químico
profícua fêmea de hoje
colorido solto proibido.

À ombreira da noite
deu à costa sua sina...
Ofício da lágrima antiga
à triste maresia rasa
pelas ladeiras da estrada
beira-mar maré perdida.

Passos nas trevas escondida
por esquinas inseguras
ganhando a puta da vida!

Com o corpo na dura luta

Seja à porta do fraco leito
no teatro do falso amor
ardores que são por inteiro
à laia da maneira que for…

Saco lixo ventre mulher!

Profissão gasta de amar
qualquer coisa como fundição,
objecto de lascívia a sangrar
passado de mão em mão

À forma do jeito qualquer.