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quinta-feira, 17 de junho de 2010

ASSIM VAI A MINHA INCOMPOL









ASSIM VAI A MINHA INCOMPOL




Considero-a “mãe” importante na minha existência.
Ajudei-a a crescer e dei o melhor que pude e sabia para ser o que ela é hoje.
Ela é uma parte de mim, tem o meu suor marcadamente correspondido, e o meu sangue com um dedo perdido.
Muitos dias e noites construindo sonhos produtivos para continuar a ser reconhecida pelos seus pergaminhos, concorrendo para a consolidação das almas que rejubilam com a perfeição de suas peças mágicas, formando o puzzle que é esta família unida – Incompol.

Lugar de meu labor…
Um marco que sai do meu esforço diariamente esgotado, sem entusiasmos repetidos nem compensações moralmente devidos.
São colapsos do tempo, coisas que faço como os comuns dos mortais, sei que são dívidas desleais porque não mereço cadastro aqui dentro.
São factos passados sem causas nem rebuliços que passam marcados pelo que vai e não volta séculos depois de anos seguidos.

Actualmente, a chefia quer uma disciplina de cariz controlado, à boa maneira dos velhos tempos de outrora... que já se foi embora... tendo como finalidade produzir germes com ou sem casca, desde que sejam em grandes quantidades, resultando mais valias se não houver desperdícios.

Vem aí tempos bravios com calendários de muitas horas, calores e arrepios com muitos suores e recompensas incertas… um aumento na medida do possível com promessas ao pessoal... nem sequer era necessário existir esta crise mundial que prejudica sempre os pequeninos e nunca chega aos ricos.

E eu cheio de stress dos afazeres que a produção deste meio traz a esta gente… laboro em horário normal porque não sei trabalhar sobre pressão, e em liberdade nem sequer imponho condição, sou capaz de ir até ao fim do mundo… ainda que não exija e esteja a ser estúpido se me falarem ao coração.

Responsabilidade é um atributo e não deveria exceder a confiança de quem tem medo, atribuindo uma boa performance a quem desempenha com profissionalidade e brio o lavrar em liberdade como trapezista da vida.




II




Lugar que devia ser a nossa casa…

Há algum lugar melhor que a nossa casa?
Claro que não.

Essa casa em forma de coração gigante… terá de ser a mesma que nos fará sentir bem connosco no desempenho das nossas funções, dando apoio aos nossos anseios com formações e conselhos, progredindo profissionalmente num crescer em harmonia, zelando pelo bem-estar dos que constroem, criando riqueza para o bom nome da Empresa e protecção dos assalariados como grupo familiar, levando a Incompol como estandarte a todas as partes do mundo, com provas dadas na indústria certificadamente adquirida e reconhecida por entidades competentes.

Como se consegue tudo isso?
Com amizade, lealdade e mais respeito por quem trabalha.
Ao sentir-mos esses laços, estamos dispostos a enfrentar todas os estorvos e a fazer de mentes robotizadas como querem e é apanágio das chefias.

Para todas as profissões há uma filosofia que temos de cumprir segundo ordens superiores - para todos os trabalhadores deveria haver uma psicologia onde fossem tratados com amor.
Sim com amor, não é engano.

O amor é a norma de qualidade que resolve todos os problemas da humanidade e constituintes, que move montanhas e substitui Impérios, que inventa na modernidade dos tempos novas tecnologias e sistemas avançados não traumáticos para as gentes de todos os Universos.

Vamos trabalhar com amor, construir a escola da formação com amor profissional, aprender a viver com amor na empresa que nos poderá abrir a porta dos nossos sonhos com chave de ouro – vamos pintá-la com as cores da esperança e gritar:
- Viva a Incompol!




III



Indiferença da realidade com menos humanidade…

Minha usina embora seja de lata, vai de um lado a outro muito comprido, com telhas de chapa a escaldar e máquinas a queimar, ruídos de surdina com ventilação no verão, de fogo muito quente e com ar condicionado quem é administrativo, enfim… até nem é preciso, no inverno é geladinho.

E para falar verdade, compensa, o corpo está sempre na temperatura habitual… meses de frio intenso e outros tantos de calor imenso, o que faz um ano bem dividido com o tempo corporal em ambiente anormal e um sofrimento de esforços físicos e ambiente totalmente bem mal.

Mulheres e homens simples que são buscados como o quebrar do hímen a uma virgem… precisando mesmo assim da magra quantia dos ordenados para sentirem que estão vivos, que a ilusão faz parte do quotidiano, que viver assim também é uma realidade, e darmos graças por ter tanta sorte... Somos máquinas soltas não-livres, responsavelmente parecidos como locomotivas, dois braços rotativos, olhos quebradiços de fumo e uma cabeça de metal como puzzle . Não… carne e ossos do ofício, números do aparelho produtivo com tatuagens e marcas de concepção espiritual espalhadas pelo laboratório do mundo, em sintonia com o poder e no silêncio de Deus.

Lugar de qualidade…
Este é o lema, o esforço desta empresa, o contentamento do comprador com a marca atribuída e atributos proporcionais.
Logo, quase me atreveria a dizer que a:
- Qualidade é exceder as expectativas do cliente.

Mas pensar como eu sinto, diria:
- Qualidade é vender amor e dar prazer ao cliente.

Assim vai a minha Incompol.
Melhores dias hão-de chegar.




17 de Junho 2010