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BUSCA DE NÓS AOS “EUS”
Uma voz no “face”
uma dor no coração, estranheza,
tantos anos… depois surpresa.
Vasilhame de carne ardente
agora mulher incandescente.
Surgir assim, como pode?
A angústia de um toque
sob palavras de amigo,
e a paz num mundo bonito.
É como um cântico de leite
um sopro de pó…
um antes sempre só.
Matizados pensamentos? Tantos…
sofrimentos entre recantos…
Mas o fim do dia chega.
E essa cara lavada
torna a minha tristeza,
o choque, e depois nada.
Aqui rola uma lágrima
espremida duma cascata,
de lá sai uma alegria
que não vê triste companhia.
Resignada comiseração
a tanto se adapta o coração.
Aquela minha prisão desiste
se quebra, e me sinto livre.
Depois de tanto tempo
um faz de conta que não conta
alivio que voa com o vento...
a humanidade indo na sombra.
Mas aqui um novo” look”
à demanda da importância,
banal com olhos de facebook
faz-se à vida,
continua...
Um níveo rosto sem inconstância
e o mundo do face ao desfrute…
o vício dos rostos, nada recua…
/Para ti Leonor/