Seguidores

segunda-feira, 10 de dezembro de 2001

A MINHA ESTRELA DE NATAL




A MINHA ESTRELA DE NATAL


Encontro-me sentado na minha janela virada para a noite, e vejo num corredor negro apenas uma estrela. Esta é diferente de todas as estrelas que conheço, porque tem a forma do mundo desenhado num rosto que me apaixona. Seria a estrela dos Reis Magos, aquela que guiou a Humanidade ao nascimento de Jesus?

Estou obcecado pela sua luz e não consigo desviar o olhar do centro do seu coração; e se sair do eixo da sua rotação posso até nem morrer, mas fico noutra dimensão esquecido de viver.
Cheguei à conclusão, que esta estrela foi toda a vida por quem esperei como uma sina, a minha estrêla de Natal.
Ela apareceu do nada, do frio imenso do espaço, e sua fricção em contacto com os polos do amor, trouxe-me calor à minha existência com tão forte natureza, de tal ordem que aprecio mais a sua sorte que qualquer outro Universo.

Pensei que conseguia esquecer esta luz brilhante que me faz arrepiar de paixão, tentei até convencer-me ao engano, e herdei na loucura do desespero um amor ainda maior, por reconhecer que ele vai no caminho do infinito até ao epílogo da imortalidade.

Não há descrição como sinto tamanho afecto a esta estrela de rasto humano, de olhar quente e travesso, mas tão real como a beleza da mais bela criatura que o meu coração acolheu.
E se alguém pode amar assim uma estrela, nunca se sabe porque se ama desta feição, ou como nasce um grande amor num destino que não tem explicação.
Sei apenas que é uma estrela sozinha no seu mundo, e não há nenhuma que se lhe compare em tão belo colorido, vivendo a  jusante do paraíso, talvez por ser sempre Natal.
/E porque sem amor ninguém vive, aquele que é vivo sem amor, apenas imita a vida./

Daqui da minha janela virada para a tua noite, estrela, enlaço meus braços na luz do teu corpo, e sinto o calor que me guia ao caminho da tua consciência para vivermos juntos à eternidade, beijando teus olhos luzentes impregnados de carinho e acariciando teus cabelos alvos como uma ofuscante chama, entregando no teu seio minha alma para escolher o espirito da tua vida.

Aquela estrela é o brilho que me toca e aquece o coração, tem magia, desperta em mim uma atracção que hipnotiza todo o meu ser, e me dá a sensação de não estar mais sozinho no mundo.
Não sei se é por hoje se festejar  o nascimento de Jesus. 
A única certeza que eu tenho... é a minha adorada estrêla de Natal.















segunda-feira, 12 de novembro de 2001

A AMIZADE É O PRÓPRIO AMOR





 


A vida na amizade
é a consistência do amor
é existência na saudade
único sustento que tem sabor.



A AMIZADE É O PRÓPRIO AMOR





O amor é o maior mistério
para quem ama.
Não é amor quase nada…
se a amizade não for chama,
ou o sentimento que afaga.

O amor é controverso…
desperta para quem se inflama
e morre para quem engana.
A amizade é o requintado segredo
que existe no Universo,
vive livremente disperso…

Sente dentro quem adora,
um colossal afecto eterno
que não se vai embora…

Entre o amor e a amizade
juntos são o emancipado sonho,
o elixir de qualquer humanidade,
a perfeição divina dum corpo.

Mas o amor não sobrevive sem amizade
porque a amizade é o próprio amor,
semelhante ao perfume exótico da flor,
e igual à carícia duma mulher na intimidade

… a partilha na dolência, na alacridade e na dor.












segunda-feira, 15 de outubro de 2001

ROSA ENCANTADA





Para ti rosa encantada
recordar quem te ama
poema d’alma dedicada.
Aqui, gosta da tua chama.





ROSA ENCANTADA




Corpo roliço de nórdico bonito
em carne ardente alvo envolto,
chispando olhos azuis d’ouro
num esgar fino fogo puro trigo.

Cúmplices de olhares furtivos
frémito desejo d’almas antigos,
cega paixão, jura dual segredo
d’amor, que até Deus esqueço.


Linda donzela d’oiro dourada
madrepérola flor fina tão bela!
Não há rosa loura mais amada!

Jovem doce chama, rosa encantada,
como esta fêmea loira tão esbelta!
Como ela, não há ninguém, nada!