O DUO VERÃO
Quando a
noite de verão vem, é noite no céu e na Terra. Escuro nos dois lados, sai
fictício das trevas… a outra parte para lá caminha por caminhos
entrosados.
Por entre
maravilhas, parece um quadro... nenhum pintor conseguiu ainda
borrar, não se sabe de que lugares são, se têm lugar… reflectido na noite de luar, aquele igual ponto naquele
mesmo brilho, sombra nas águas, espelho do mar.
Se no solo
cor cinzento alguma estação poisa na cara do verão, há reflexos de sobreavisos
corais de calor experimentando o gelado verão de cima… como
montanhas russas se cruzam entrecruzados debaixo por cima. Não sendo dia nas noturnas
manchas clarão, se querem mudar de verão.
É noite lá
no alto parecido com o branco mais negro, ao mesmo tempo alvo
denso, na imaginária troca de posição. Com asas de
cometa rasgando céus por entre candeeiros de rua, se atraem pela luz
ultravioleta. Como abelhas em volta do mel fazem capicua, tochas
acesas por entre a sombra amarela… são dois verões cheios de vida, dois lugares
extremos que existem de olhares estrelados.
Qual dos dois o capricho… povoando o espaço de sois com mistura de olhos humanos combinados?
As cidades
nos subúrbios com faróis, arredores que se transformam em corredores
intemporais, uma Terra girando no ar entre os mais... e as
estradas com extensões infindas de estrelas no vácuo a marear como chispas num
lago universal dentro dum saco.