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domingo, 15 de maio de 2005

O DUO VERÃO








O DUO VERÃO






Quando a noite de verão vem, é noite no céu e na Terra. Escuro nos dois lados, sai fictício das trevas… a outra parte para lá caminha por caminhos entrosados.
Por entre maravilhas, parece um quadro... nenhum pintor conseguiu ainda borrar, não se sabe de que lugares são, se têm lugar… reflectido na noite de luar, aquele igual ponto naquele mesmo brilho, sombra nas águas, espelho do mar.

Se no solo cor cinzento alguma estação poisa na cara do verão, há reflexos de sobreavisos corais de calor experimentando o gelado verão de cima… como montanhas russas se cruzam entrecruzados debaixo por cima. Não sendo dia nas noturnas manchas clarão, se querem mudar de verão.

É noite lá no alto parecido com o branco mais negro, ao mesmo tempo alvo denso, na imaginária troca de posição. Com asas de cometa rasgando céus por entre candeeiros de rua, se atraem pela luz ultravioleta. Como abelhas em volta do mel fazem capicua, tochas acesas por entre a sombra amarela… são dois verões cheios de vida, dois lugares extremos que existem de olhares estrelados. 

Qual dos dois o capricho… povoando o espaço de sois com mistura de olhos humanos combinados?
As cidades nos subúrbios com faróis, arredores que se transformam em corredores intemporais, uma Terra girando no ar entre os mais... e as estradas com extensões infindas de estrelas no vácuo a marear como chispas num lago universal dentro dum saco.
  














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