Olá.
Sou um ser que gosta de amar e ser amada, tenho um amor e um coração enormes, sou sincera na amizade com as pessoas, mas sinto que estou a começar aprender a dominar meus sentimentos, meu olhar não consegue enganar ninguém, principalmente quando alguém desperta um certo enigma e eu quero passar despercebida.
Gosto de olhar para as estrelas numa noite de luar, e ver as pessoas que quero bem, num pontinho cintilante sorrindo para mim, como se dissessem simplesmente: - Olá.
Tenho cabelos encaracolados, de fronte redondamente encantadora, uns olhos negros como o abismo, uns lábios e um nariz bonitos e uns dentes como diamantes.
Sonho, sonhando, penso que o sonho doutros tempos, cavaleiros de armas, damas de arte, viviam para amar, morriam com amor amando, aproveitando todos os momentos, de qualquer parte; tempos de agora com as mesmas estrelas e o mesmo mar, dão que pensar, pensam sonhando que vos amo, com a mesma saudade que tenho do brilhar dos vossos corações sem dor, esquecimentos… outras coisas, que para vós tem mais valor.
Depois falo e gosto de todo o mundo com a simplicidade que me caracteriza, a procura renovada, sempre mais intensa, no encontro de um novo e verdadeiro amigo…
E ao mesmo tempo buscando, noutro os mesmos seres… ser para sempre vossa amiga.
Não sei como hei-de começar, nem sei qual a melhor forma de abordar… Qualquer coisa que me está a roer, não sei bem o que é, e enquanto vou dando tempo às palavras, vou preparando o que tenho a dizer.
Explicar que tem um cabelo deslumbrante, já não é novidade, já o tinha dito talvez com outras palavras, mas o sentido, é o mesmo acto da proposição, que já vai aqui e ficou dito lá atrás… e foi mencionado novamente, e novamente é pretérito, até a palavra novamente está três vezes repetida e já está no passado…
Agora, o que vou falar, é mesmo de agora, vou olhar para a foto e recordar e voltar a conversar, estamos mesmo de frente um para outro, um olha mas não está presente, tem um meio sorriso… e parece estar a querer verbalizar: - fala!
Outro olha, está aqui com olhar no retrato, sorri, mas já é passado… o retrato está parado no tempo, e eu quero captar no momento, a altura em que os dois pronunciem ao mesmo tempo, na actualidade… e acontece, que ouvi de repente, duas vozes no além dizer – Olá.
E juro! Foi mesmo agora… quando acabei de jurar.
Vinha do lado de lá… E era agora do retrato, parado no tempo, passado no presente.
Meu nome é… Alexandra.
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PARA UM SER EMOTIVO
QUERIDO DE TODOS NÓS
NOSSA AMIGA ALEXANDRA.
EMAIL DAS SAUDADES
Dá para ver a sua excelente memória, ao mesmo tempo as saudades que teimam em desaparecer e a mágoa de ser ignorada quando se gosta tanto de pessoas…
Bastava às vezes um contacto, uma saudação, qualquer coisa… uma voz amiga ou vozes que nunca nos esquecem.
Compreendo-a bem Alexandra.
Eu também tentei que todos, ao menos desejassem a cada um de nós e nós a todos um bom fim-de-semana, e para isso usei a 6ª feira, o dia em que direi algo… e que não a esqueçam a si, e de todos connosco.
Enviei este email entre outros, para não deixar esquecer os momentos bons que passámos juntos, tentando entusiasmar os meus colegas a usar a escrita, sensibilizando seus corações… para que respondam e deixem sair como sabem as historias das suas palavras, para fortalecer a amizade no grupo e não a deixar cair em esquecimento.
Mas como sabe, tenho obtido poucas respostas e tem sido um fracasso… porque dizem não saber fazer como eu faço.
Façam como sabem! Nem podia ser de outra maneira.
Fiquei desiludido, e gostava que o estímulo produzido provocasse o efeito contrário, e sentissem como eu o prazer de escrever e amar as palavras como se de um filho se tratasse… ou usassemm essas palavras para continuarmos a conversar e não deixar cair no esquecimento os amigos da formação… e os formadores que nossos amigos são.
Acho que…
O ser humano não é mau, o animal que há em nós é que é péssimo ao ser truanesco e… preguiçoso.
Beijinhos.
Vitor.
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