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segunda-feira, 15 de abril de 2013

DESABAFO 2º - INIQUIDADE, QUEDA E SALVAÇÃO






ATENÇÃO : Para não ferir susceptibilidades, não leia. 
Se quiser ler, a responsabilidade será sua, única e exclusiva. 



*




DESABAFO 2º


INIQUIDADE, QUEDA E SALVAÇÃO




Lúcifer é dotado de beldade incomparável, vestido de luz radiante, armado com saber e inteligência imensa, não podendo esquecer que a sua ostentação era o de um ser criado. De Lúcifer passou a Satanás, o anjo de Deus mais elevado na hierarquia angelical. Devido à sua traição, que foi a mais terrível na história da Terra, com o intuito de destronar e impedir o plano divino, Satanás e seus anjos somente podem esperar a condenação e a punição eternas. 

“Tu eras querubim da guarda ungido, e te estabeleci; permanecias no monte santo de Deus, no brilho das pedras andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado até que se achou iniquidade em ti”.      (Ezequiel 28:14-19)





INIQUIDADE




I


- Olá, eu sou Satanás!
Não te assustes, se disserem o contrário é a inveja de falas más.
Prontinho para receberes o que mais desejas no mundo?!
Estás a ler… não sentes um arrepio endiabrado?
Tua espinha é o centro focado, azarado… que estremece teu fulcro.

Não tenhas medo… estou aqui para ajudar-te.
Cabe a ti decidir se queres continuar, e se acabares estás mesmo no berço eterno...
Vais ser muito feliz no inferno!
Ainda estás a tempo, (mas o que tu perdes…) basta não passar para a linha de baixo.

/………………………………. /

Estás aqui agora… fizeste bem. 
Mesmo que não faças o desejo sem… suplica.
Tua aceitação pode ser inconsciente – mas tua alma é minha, tua mente e o coração.
Não adianta, já não podes voltar atrás, e se parares serás atormentado/a, o que não vai 
acontecer… tu vais continuar porque gostas do meu poder.

Então continua, tem ânsias de experimentar, sente animal o que eu sinto!
E serás por Mim amado no inferno!

Isso… estás com a inquietação e o ego do teu (meu) mal. 
Não consegues evitar o ódio que fervilha dentro da alma como um vulcão.
Queres entregar um pouco de magma com tormento para torturar quem vive ali à mão…
dar prazer ao rancor que me enche o corpo, e afogá-lo no vosso interior como um sufoco; 
palpitando no coração da Terra, que usurpei do governo mundial em ódios que em mim 
encerra, precisando de todos junto no fortalecimento do meu jugo.

A morte é a vossa sombra como o cair da folha na Primavera, quando se abate num anjo
que passa, e que nem estava à espera… o meu desejo mata e ressuscita como uma bomba.
Então odeia na imundice disto… e zurra alminha minha… como um animal de orelhas
em bico!  Mais uma alma aquecendo o meu inferno, que maravilha!
Amaldiçoa, blasfema, pragueja, grita, arrenega!... 

Diz criatura:
- Eu Odeio O Céu! 
- Odeio Deus! 
- Odeio A Terra!
- Eu Odeio O Mundo!
- … Odeio Tudo!...





II


(Que bom sentir-te dentro de Mim… hum...)

Eu, Satanás, Senhor de teu inferno!
Vocifero!
Ouve o que fala teu Diabo!

Não adianta muito se é dia aziago … 
O diabo bateu à tua porta, não adianta – estás a um passo… dentro, vivo como um morto,
de fora o ódio em vez da vida e um esqueleto de osso. 
Era uma questão de vida predestinada ou moleza vivificada, e enterrado vivo no meu ódio 

pelo susto da tua alma.
Nunca mais poderás ressuscitar, porque vives em agonia, cheio de terror para espalhar, e o 
teu paraíso é o inferno.

Fé, é um boneco com cara de palhaço, que se anda a rir de nós todos há 2010 anos…
Jesus o instrumento para enganar a palhaçada que é o homem e os seus mistérios da humanidade. A única verdade é que nós somos os únicos seres existenciais… nós comunidade do mal, no tormento tártaro da minha casa!
Amar, é vomitar das entranhas vísceras nauseabundas, que nunca mais poderás suportar a podridão do cheiro que é o amor.
E o inferno é na Terra, debaixo dela, e o céu não é nada. 

Toda a vida a sonhar… o acordar na realidade – a morte ou o inferno, é a única verdade dos teus pesadelos. Hão-de viver sempre nele.
O Amor existe só para alimentar o sofrimento.
Tudo isto é um engano… Deus não existe!...

Chegou o Anti-Cristo!...
Não sou mais o Diabo triste!
Quero que a paz seja a guerra eterna!

(Vossas almas estão no inferno! Digam comigo!)

- Eu Odeio O Céu! 
- Odeio Deus! 
- Odeio A Terra!
- Eu Odeio O Mundo!
- … Odeio Tudo!





III



Eu sou tua alminha Satanás!
Eu sou o governante de Tiro, o homem de quem tu precisas para comandar a Terra no mundo. 
Contigo junto, usurpando o poder de Deus, governarei com tuas forças malignas e anjos caídos, devorando a raça humana com toda a sabedoria e astúcia que exerces todo o tempo, para afligir e matar o homem a quem desprezas como as tribos do Totem. 
 Entrega-me a imortalidade do teu inferno na guerra, e serei o traidor humano teu servo a quem tu esperas… como fiel servidor.

O amor seria o inimigo público número um… é ele… a causa de odiar.
Se antes o amor era para ser o meu Deus… agora é uma caldeira com ossadas e caveiras fervilhando com mezinhas para destruir e atormentar os humanos, e eu um bruxo de sorriso diabólico espalhando o terror como um carrasco da Inquisição, quebrando ossos, rasgando carnes para alimentar o amor que eu tenho ao ódio, e como um mafarrico de cornos esconder o abismo da piedosa cruz, para exterminar a chama que alumia a luz.

O amor espalhado ao vento, perdido como folha dançante… caindo como cabeças durante as estações do tempo, decepado na guilhotina que a minha mão amputa com alegria, num riso dum louco… de tanto sangue espalhado pelos becos do mundo, com séculos pouco a pouco… o sabor a morte profundo.

É tão bom odiar Satanás!
Apetece-me arrebentar, explodir, substituir o destino e o mar em ondas gigantescas para afogar quem ama e destruir o sentimento do amor na vontade dum grito… um gozo que dá, quando se vê alguém destruído como um aflito.
E repetindo com ódio a nascente deste mal que cresce como um machado de guerra, eu vou gritar vitória (oferecendo-te numa bandeja a cabeça do Filho homem) com meus exércitos!

… E vou mandar toda a humanidade com meu ódio p’rós infernos!

 - Eu Odeio O Céu! 
- Odeio Deus! 
- Odeio A Terra!
- Porque Eu!
-  Odeio O Mundo!
- … Odeio Tudo!...







QUEDA



/ Tirado da catedral de Bamberg (Alemanha)/

O anjo do juízo tem uma balança na mão.
No prato da balança se encontram livros grossos, evidentemente o registo dos pecados.
Pequenos diabinhos se penduram neste prato e tentam puxá-lo para baixo.
Mas eles não o conseguem, embora o outro prato esteja quase vazio. 
Nele se encontra apenas um pequeno cálice da Santa Ceia.
O sangue de Jesus pesa mais do que todos os nossos pecados.
Diante do sangue do Cordeiro, o diabo tem de parar.
Ali ele está vencido.
Para alcançarmos uma vitória real, devemos, sem dúvida, entregar nossa própria vida.




Ouve-se a voz do lamento… tal balbúrdia incoerente.
Não é uma voz qualquer, a lamuria como espicaçado unguento,
ou um título profético como - O Apocalipse Do Sofrimento?

Esta é uma sentença de peso, dificilmente, um batimento do coração,
um susto, um papão… facilmente, uma dor que vem de dentro.
Sucessivamente, pode vir de fora…em qualquer segundo da hora…

Efectivamente, um morto de repente!
Ou engasgo duma semente, numa língua a arder, com picante a derreter,
ou… um bebé a chorar de incontinência num mundo a tremer…?!

Raios, terramotos e planetas!?
Fenómenos esquisitos… O fim dos mundos!
Tretas que vêm dos cometas… chuviscos de rasgados meteoritos,
objectos dos fundos…o Sistema a luzir, e o homem a destruir.
O Planeta todo linchado!
E Tudo ao contrário… no inverso do relógio.

O roteiro do passado, é hoje o Apocalipse Do Sofrimento.



Morrem num minuto em todo o mundo!
Crianças com fome, e bebés sem sorte…
Morrem num minuto, à volta do segundo
com AIDS crianças, destinadas à morte.
São elas o futuro do mundo!
Esperanças… e têm apenas um minuto!



Se isto não é  O Apocalipse Do Sofrimento?
É rapidez do pensamento, qualquer coisa que ninguém compreende…
Porque há-de assim sofrer tanta gente?
Onde está a justiça e a Providencia?
Será mesmo o destino, instrumento…?

Acho que o avanço da ciência, não é solução nem invento…
e de novo partimos ao antigamente… recolhemos ao nosso Jesus pendente,
rezamos pela salvação do sofrer, e choramos pelas almas que se vão perder…
no Apocalipse Do Sofrimento.

Não há caminhos modernos, só cruzes antigas, espíritos eternos…
e redenção das vidas. 
E os lugares do padecimento hão-de um dia desaparecer… dar lugar
de vez ao saber quando o amor for rijo como cimento… e nunca mais
haverá sofrer, se acabarmos com o Apocalipse Do Sofrimento.



Este seria mais um título do Livro das Escrituras, se fosse um homem do poder, para impor e inventar como quisesse os apóstolos do meu pensamento.
Deus pode dar o Éden ao homem anjo honesto.
Mas o homem só pode prometer o Inferno.
Superlotado de gentes e males como se quer, já não há bom senso.
Há pessoas a fugir… notícias a toda a hora do salve-se quem puder...
O imenso… a hora de dormir…

Quem sabe usufruir uma vida cheia de amor, põe-se à parte das misérias e ódios no mundo. Só aquela minoria que são ricos e têm tudo, servem o poder e fogem da criação do seu horror - somos instrumentos para servir monstros, enquanto houver vida na Terra e cais soltos, reféns do ódio livre e prisioneiros do sistema.

 

Afinal, quem é o causador de todo o mal que empesta…?
 Se o homem é toda a causa… tortura, aniquila, destrói e mata,
para quê falar da fé?
Para que o mal seja eterno?

Odeio quando vejo desaparecer mais depressa todo aquele
que tem coragem e não se importa morrer de pé!
Odeio quem lucra com coisas destas…
Odeio os que matam a invenção do coração, para existir
sofrimento e dor, quando precisamos de amor.
Odeio extraterrestres disfarçados de humanos!
Odeio não saber… porquê o Adão e a Eva em vez do homem
e a mulher… não teriam sido deuses doutro sistema qualquer?

Odeio não saber pisar o chão que piso!
Odeio ver homens a fumar havanos com um sorriso…
O mundo é uma bola de merda prestes a explodir!

Odeio homens de garfo e faca!
Odeio a pobreza inventada com a esmola…
Odeio políticos com voz de lata!
Odeio este mundo pendurado numa forca.

Odeio ver esqueléticas crianças quase mortas, chorando
com rosto cheio de moscas, e os ossos à mostra…
Odeio ver a morte rondando a fome…
Odeio o mundo a ver sem que se importe!

Odeio as barriguinhas cheias dos padres a santificar a
bondade… e a estupidificar a pobreza para justificar os
ricos, depois de falarem de milagres.

/Quero reflectir… pensar que ainda há lugar para outros…
e nos sonhos, o local para amar e decidir, refúgio da triste realidade,
inferno de qualquer cidade./

Com incenso disfarçado purgam o ar pestilento cheiro
a cadáver. Caveiras nas avenidas a passear… de humanidade
flutuam sem lugar. Atravessam, vão para lá, passam… e vêm
para cá como autómatos em massa. Como animais, pastam…
parecem drogados e não acordam quando comem se deitam,
mijam e cagam.
E não sabem fazer mais nada!?...

As  flores não querem mais desabrochar?
As crianças não sabem sorrir…
O que antes era natural e para sonhar, está a morrer, e o amor a fugir…
Eu pessoalmente, invade-me a tristeza plantada à beira do precipício,
a decadência mortuária da beleza, a tristeza dum rosto sem abrigo…

Porque ninguém explica e cura a razão desta imperfeição?
E depois, todos os males do mundo, que os homens ocultam
numa história secreta para dominarem a seu belo prazer?
Descaradamente mentem, nunca voltam atrás… profanam, 
inventam o sacrilégio, consentem!
E culpam o diabo de ser o Satanás!

Acredito que alguns não queiram mentir, mas por vezes o
amor numa crença com fé cega… acaba por ser uma doença, 
e os que estão na sombra procuram servir como enganaram
sempre no poder, iludindo o bem na Terra para o mal prevalecer.

Com tanta inocência, a Terra parece o céu dos Anjos…
e no inferno a merda cheira a rosas... com tantas cambalhotas!

A indecência transforma mafarricos em Arcanjos.
Só os malmequeres têm a culpa dos cravos ficarem entalados no
cu do mundo… picados dos espinhos como se fossem gritos, cócegas
e fungos… tal verdugo disfarçado de marmanjo, com o rabiosque
inchado de sangue prevaricando...

Que porra de vida!
Quem nasce já trás uma cruz… Puta que pariu o Martírio!
E todos esses homens santos que falam com impostura?
Eu já nem posso ler, nem ouvir mais todos esses filhos da puta!!!...








A SALVAÇÃO DO MUNDO





Hoje estou azedo, raios me partam, colhões!
Com um cú imundo, pronto a disparar cagalhões, capaz de cagar em tudo que é obsceno.

Melhor seria, falar da Salvação do Mundo… se bem que cagar seja uma boa forma de protestar em altas vozes, perfumadas com alívio de rodinhas em forma de hamburgers pendurados na vitrina, para outros verem a merda que andam a fazer. . .

Sou parecido com Jesus no gostar tanto de amar, tanto para dar, e no sofrer por amor estou a ficar igual ao morrer de dor. . . mas não tenho jeito para deitar na cruz.

Estava a pensar na Páscoa (2010), hoje, agora mesmo. . . enquanto como uma sandes torresmos. . . de repente passou-me uma coisa pelos olhos e ouvi-me sozinho a dizer isto:
- Puta que pariu às filosofias!
- Estão quase a foder o Cristo!

Não me sinto culpado. . . mas no planeta houve dias. . . morre um coitado a rezar com crucifixo, e no passado queimaram milhares de inocentes, por judas de trombas a rir à descarada, só porque não gostam de judeus. . . então porque não é todos os dias Páscoa se são filhos seus?
Todos os dias morrem milhares e são todos filhos do mesmo. . . ao expirarem salvam outros que querem viver, também têm o mesmo Pai, é o maior incesto humano da parte paternal em sistema figurado quando não se sabe a verdade.
E a verdade é só uma, e ela é escondida de todos nós. . . não é assim que sempre funcionou o mundo – com a universalidade da mentira?

Foi naquele tempo muito conveniente, assassinos, filhos dum cabrão!
Que a Igreja serviu para sempre, ao Clero escolher o dia da Coroação. . . possuir riquezas e poder – um trunfo com A Salvação do Mundo.
Bastou encontrar uns pregos, fazer de Cristo e uma cruz. . .
E pronto, para te salvares tens que morrer.
Se queres dar provas da tua fé, ires para o céu e deixar a igreja cada vez mais rica e poderosa no seio dos oportunistas que mudaram a história - crucifica-te!

 Não posso poupar a humanidade, mesmo que quisesse. . . sinto-me fodido, nem a mim consigo salvar. 
Estou condenado a sofrer por amor, contratempo do caralho!
… por gostar tanto de amar seguindo a dor. . . mascarada de diabo.
Que merda de tormento azarado!

Porque não me torno um judas?
Tinha santificado tantas lesmas em putas. . . eu e as minhas manias do sentimento, sinto que tenho de salvar o mundo. . . se quero salvar-me a mim mesmo junto.
Mas como fazer?
É possível, alguém me pode dizer?
Uma voz dentro de mim, diz que sim.
Tenho de ser um Jesus, do século vinte e um, voltar a fazer milagres (o que é mais difícil, hoje em dia há menos analfabetos), nada de fatos, só trajes, com uma arma na mão e na outra uma cruz negra, para dar a absolvição e despachar todos os Filhos da Puta!

Agora que acabei de comer a sandes de torresmos inteira, sinto a Salvação do Mundo a correr por entre arrotos de barriga cheia. . .
O tintol parece sangue cheio de tesão nesta quadra do Cristo em Paixão.
Amanhã dão uma missa pelas alminhas que sofrem muito - uns vêem pela televisão enquanto têm comichão na piça…
 Eu coço os tomates e quero. . .
A Salvação do Mundo.









Dos cegos, são os únicos olhos que vêem a verdade.
Os que vêem, pensam que é mentira, que não são cegos.













 



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