MANTEIGAS
Em
Manteigas, na janela do meu castelo cercado de montanhas mágicas, príncipe do reino
encantado no mais lindo sonho de criança, sonhava que o infinito cujo
teto o meu dedo alcança, vivia na poesia da noite em versos de fantasia
eternamente prisioneiro do olhar, o Universo de pernas pró ar, brincando com as estrelas
na palma da minha mão.
Quando
regressava ao entardecer de volta a Seia, atravessando a Serra, murmúrios de
alma voavam através do vento, de encontro ao chamamento pelas vozes do firmamento,
profundo reino do meu ser… mundo oco adormecido.
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