DE MEU IRMÃO
Que missão
pode um ser desempenhar neste mundo imenso… Deus chega, é suficiente razão? Partir
numa tão breve passagem, voltar em tão curto espaço de tempo ou há algo mais
verdadeiro… tem explicação?
Que ser é
este…palpita e não cede a existência?
Porque gosta
tanto assim de sentir o tinir que o faz sentir vivo, ou os laços que unem o
mesmo espírito como gémeos verdadeiros existentes na mesma pele do pensamento…
o que dá força imortal para ser nas duas partes da gente, ou serão dois irmãos
parecidos num só mundo dividido… qual
deles o mais real?
Que faz viver
entre a noite e o dia solitário, sem claridade nem escuridão, perfeitos na
ligação, senão o vazio ou a liberdade do sentir sem ninguém a seu lado…?
Únicos,
estão unidos como a composição da rocha, sem declives nem desgaste, incompletos
na formação de um sem outro.
Juntos podem
sobreviver numa parte fora d’outra…
Se um cessa,
o outro morre, deixam de ser um par, duas almas num corpo…um só envolto.
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