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sexta-feira, 7 de março de 2008

PESADELO







PESADELO





Atingir o impensável cume…
a meta do reflexo instável

A acidez cada vez mais amável
a ficção de altitude

Inatingível uso da sensação
que se encontra no cimo
sei que é dele que preciso...
depois não sei qual a razão.

Subo por um fio, coisa finíssima
não compreendo esta subida…
medo do esgoto quebradiço

Agarro insistente tenaz
estou quase lá…
mas ainda não consigo.

Falta o espaço mínimo
e quando atinjo…
estou outra vez lá atrás…

Por entre devaneios sonho.
O chão que piso está solto.

Em queda pelo abismo
caio caindo num vazio…

E nunca mais acaba, sinto
aflito, contradigo pensamento
a visão geral do tormento

E sucessivamente transpiro
dum louco alívio…

Acordo, suspiro.














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