Essas rectas de caminhos
que nos dão segmentos interinos
no curso perpendicular à natureza
e não tem criação humana,
são perfeitos nos segmentos da tristeza
cuja luz mistérios emana.
EUTANÁSIA - SIM? OU NÃO?
Meu nome
é... Anónimo.
Tenho as
marcas no corpo.
O tempo
mudou o sacerdócio, cicatrizes
profundas no peito todo,
cortes
profundamente esquisitos… não sei porque
alguém arrancou?
Rasgando,
levaram meus mamilos.
Meu nome
é... Anónimo.
Ao pensar,
fico louco de raiva!
Sim
apartaram os olhos e furaram os ouvidos,, minhas mãos
são coutos
abduzidos, e as unhas arrancadas dos pés, com cabeças que metem nojos…
fôram
deitadas no lixo como se
fossem merda de bicho!
Meu nome
é... Anónimo.
Surdo, cego…
não vejo nada.
Sou um
qualquer escombro saído dum
zoológico, zonzo… quando me
chamam não
posso faltar, sou um
atormentado de qualquer jeito.
Prioridade é
trucidar, com corpos atirados para o lixo ou pendurados
nas ruas
como aviso de palavras escritas no peito:
- Sacerdote ao
patíbulo!
- Encomendai
a alma do Tinhoso!
Meu nome
é... Anónimo.
Um couto de
mijo… meu corpo já não é corpo, é uma parte dele que existiu
como uma
parte dum qualquer todo.
Meu nome foi
decepado e está incompleto, sou metade
de mim deserto.
Meu corpo
foi destruído, estou quebrado.
Meu corpo…
sendo vivo, é como se
estivesse morto.
Meu
sobrenome é – Torturado.
Abandonado
vivo, vivo acamado. Querendo
abreviar a vida devido ao
sofrimento, escolhi
um desses países onde é fácil
ser executado.
Se me apontassem uma arma à cabeça perguntando: - Qual a preferência do lado?
Responderia: – De frente.
Só teria
receio de partir neste momento com as patilhas tortas ou o risco no cabelo
descomposto. Por isso, entre as sobrancelhas e a franja, ao meio da testa,
apenas se notaria um pequeno orifício.
Nada que o cangalheiro não conseguisse disfarçar…
Nada que o cangalheiro não conseguisse disfarçar…
Também gostaria de levar comigo os olhos frios do amigo assassino, para quando passasse pelo inferno o pudesse cumprimentar... contente de fazer minha última vontade.
Depois, até
alguém poderia comentar:
- Aquele sinal na fronte fica tão bem no retrato. Dá-lhe um ar de felicidade… só o sorriso é que não é apropriado ao momento…
- Aquele sinal na fronte fica tão bem no retrato. Dá-lhe um ar de felicidade… só o sorriso é que não é apropriado ao momento…
Tentaram em
vão toda a maneira e feitio… mas não conseguiram. Porque o desejo daqueles
lábios era de alívio eterno… só os bichos ou a cal… poderão desfazer o mal
desejado.
Então,
porque esconder meu nome?
Não sou
criminoso.
Embora me queiram
leproso, eu sou estirpe de Conde do reino da nevralgia…
Meu nome é
Eutanásia.
E então?
Eutanásia –
Sim?
... Ou não?